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sábado, 23 de novembro de 2024

Metade das equipes do Campeonato Candango demitiram seus treinadores

Em 29 dias de disputa do Candangão, o planejamento da pré temporada de alguns times caiu por terra, dando início à dança das cadeiras das comissões técnicas

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Em meio as expectativas da torcida e os prognósticos da imprensa, a primeira fase do Campeonato Candango BRB 2022 chegou ao fim, dando início ao quadrangular semifinal, que começa neste sábado (5/3). Favoritos foram apontados, postulantes ao rebaixamento também, entretanto algo rotineiro chamou atenção: a substituição dos comandantes nos bancos de reservas dos times do quadradinho no decorrer da competição.

Em 2021, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), até tentou dar um fim à triste política de demissão precoce dos treinadores no futebol nacional, contudo, no regulamento havia brechas. Clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro só poderiam obter dois treinadores durante as 38 rodadas, após isso deveriam recorrer a um profissional de sua comissão técnica, porém demissões deram lugar a acordos e o fracasso da intervenção foi iminente e mais tarde, ratificado nesta temporada, pois a medida foi recusada pelos clubes, de maneira unânime.

Em 2022, pelo nosso torneio local, foram seis trocas de treinadores (duas de um único clube) em menos de um mês de competição. Ao término de cinco das nove rodadas do Candangão, cinco times efetuaram a troca de sua comissão técnica, conforme o quadro abaixo:

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Editora de arte/DDE

Algumas trocas surgiram efeito

Edson Porto, certamente é o maior exemplo de sucesso. O Capital veio com um investimento financeiro considerável e o treinador Vilson Tadei, atual tricampeão do Candango, formando a receita do sucesso. Entretanto, após dois jogos a diretoria mudou de ideia, veio Edson Porto e com ele a maior série invicta do campeonato até aqui (dois empates e cinco vitórias). Assim como a Coruja, o Brasiliense também estará no quadrangular semifinal. Em apenas três jogos, Celso Teixeira mudou o ímpeto do grupo e dos 23 gols do Jacaré no torneio, 10 aconteceram sob o comando do novo treinador.

Outras nem tanto

Dois rebaixados para a Segundinha substituíram seus técnicos com a disputa em andamento. O Luziânia trouxe Ricardo Antônio a três rodadas do fim, na esperança de um milagre (que não aconteceu). Um empate e duas derrotas culminaram na campanha pífia da Igrejinha, que conquistou apenas dois pontos em 27 possíveis.

O Unaí evoluiu nas mãos de Emerson Matheus, mas ainda sim, pouco para a situação que o próprio verdão havia se colocado. É bom lembrar que o Unaí havia trocado de treinador às vésperas do início da competição. Por fim o Taguatinga, em meio às polêmicas de seu presidente (que comandou inclusive a Águia à beira do campo na última rodada) apostou no revezamento de seus comandantes e escapou do descenso somente na última rodada.

Ramon Villar, experiente cronista do futebol da capital, acredita em falta de planejamento por parte dos dirigentes.

“Acho que falta sim por parte dos clubes, não sei se é o melhor planejamento ou se é especificamente no caso aqui do nosso futebol candango, os dirigentes das equipes buscarem treinadores mais alinhados com aquele tipo de jogo que eles querem fazer no campeonato. Campeonato Candango é um campeonato curto, né? Muita gente sabe que só vai jogar ali o candango e não vai ter depois calendário pra frente, mas quer pelo menos se manter na primeira divisão do Candangão. Então talvez lhes falte uma visão um pouco melhor de que tipo de treinador trazer; vou trazer um treinador que gosta de atuar mais ofensivamente. Vou trazer um que gosta de montar as equipes pensando prioritariamente na defesa, no sistema defensivo e aí ele parte pro ataque. Então, acho que falta talvez um pouquinho mais de análise para boa parte dos clubes, na hora de definir o seu treinador” pontuou Ramon.

Em relação às trocas, a mudança tem acontecido para melhor, segundo o ponto de vista de Ramon.

“Em relação às trocas, às vezes é preciso você fazer a troca e o momento da troca sempre é aquele momento em que você tenta dar uma injeção de ânimo diferente no seu grupo de jogadores. Então vem o treinador outra cabeça, com uma outra forma de jogo, né? Dá aquela injeção realmente de ânimo no grupo e muitas vezes isso dá certo. Pode até não dar, como aconteceu, por exemplo, com Luziânia, mas penso que o Luziânia já trouxe o Ricardo Antônio tardiamente, não sei até se tivesse vindo mais cedo se não conseguiria fazer algo melhor. E outros deram certo, né? O capital, o próprio brasiliense, mudando a forma de jogar, então eu tenho impressão que vale a pena fazer essa mudança, porque há sempre uma chance para poder funcionar bem, possa dar certo. Eu, na posição de um dirigente de clube, olho para o time e ele está mal, mas com tempo de recuperar, procuro outro treinador, pois é mais fácil trocar o treinador do que o elenco inteiro.” Concluiu o Cronista.

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