Por Redação do Distrito do Esporte
O Campeonato Candango de 2022, enfim, vai começar. Seguindo a tradição de outras edições do torneio local, a nova temporada do futebol do Distrito Federal chega recheada de expectativas. Porém, os elementos que nortearam a véspera de mais um ano de bola rolando nos gramados da capital fazem, de fato, a próxima competição diferente das últimas realizadas. Pelo menos na teoria.
Novo regulamento, patrocínio no nome do torneio com direito a premiação milionária para ser dividida entre os clubes participantes e a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), identidade visual bem trabalhada e até mesmo um belo troféu de campeão divulgado, de forma quase inédita, antes mesmo de o Candangão começar fazem da temporada 2022 algo mais atrativo.
Na forma de disputa, a primeira fase deixa de ter um ar protocolar. Com apenas quatro vagas para o quadrangular semifinal, certamente veremos uma disputa muito mais quente nas cabeças da classificação. Algum favorito – ou time grande – certamente ficará de fora da fase final. Ao menos, para compensar, não teremos nenhuma aberração na etapa decisiva. Só estará lá quem, de fato, merecer estar.
A inglória briga contra o rebaixamento também promete ser agitada. Com nove jogos na primeira fase, ninguém irá para a segunda divisão tendo entrado em campo poucas vezes. Assim como na classificação para as decisões, só cairá quem merecer. Fora de campo, a FFDF se dedicou em um trabalho para dar uma cara para o Candangão, algo importante para concretizar a identidade de um torneio.
Depois de alguns anos jogando às mínguas, os times locais terão aportes do Banco de Brasília (BRB). O valor não chega a ser algo extraordinário, mas é uma mudança de paradigma forçada, em parte, por uma pressão política e que pode render mais frutos no futuro. Basta que os clubes tenham a mínima organização para ter acesso ao recurso público, requisito mínimo em qualquer aporte desse tipo.
TV para evitar manipulação
A edição de 2021 do Candangão ficou manchada por indícios de manipulação de resultados. Para 2022, os organizadores decidiram se precaver com a veiculação do maior número possível de partidas na televisão ou em streaming de internet. A parceria da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) com a TV Distrital, da Câmara Legislativa (CLDF), soa como algo que pode ter muito sucesso.
Na internet, o acordo com a plataforma de streaming Eleven Sports também pode evitar que alguma partida simplesmente fique no escuro. As TVs dos clubes também terão papel importante nessa missão, assim como a sempre aguerrida imprensa esportiva do Distrito Federal, que não larga o osso e segue trabalhando vigilante, mesmo em meio aos percalços, para cobrir a competição.
Estádios: o velho problema
Porém, nem só de boas expectativas vive o futebol local. Calcanhar de Aquiles dos organizadores nos últimos anos, os estádios seguem sendo o principal problema da competição. Pelo visto, não haverá casa para os oito clubes do Distrito Federal jogarem. Somente os dois do entorno se salvam tranquilamente nesse quesito com suas bem cuidadas arenas.
O Bezerrão, do Gama, é carta fora do baralho. O Rorizão, por falta de cuidados, também não será opção. O Cave pouco se ouve falar graças ao tamanho abandono. Sem o Sobradinho, o Augustinho Lima também ficou para escanteio. O Serejão, reformando o gramado, será ausência por um tempo. Sobram Abadião, JK, Defelê e o caro Estádio Nacional Mané Garrincha.
Nem mesmo os disponíveis escaparem de problemas de última hora. O Paranoá vive dificuldade para atuar no Paranoá e não sabe onde mandará seus jogos. O Abadião, que passou por cuidados no gramado, terá de aguentar, muito provavelmente, uma maratona de jogos durante o Candangão 2022. Somente na primeira rodada, terá dois. Com a dificuldade, até mesmo o Diogão, em Formosa, surge como alternativa.
Preparação dentro do normal
Os dez clubes participantes do Campeonato Candango de 2022 apostaram na velha equação de preparação para o torneio local. A maioria se apresentou em dezembro e investiu em amistosos contra equipes da casa e do estado de Goiás e Minas Gerais para adquirem ritmo de jogo. Quando a bola rolar, saberemos quem fez o melhor trabalho para chegar à glória de conquistar o título local.
Honrando a tradição das últimas quatro edições do Candangão, o Distrito do Esporte se prepara para fazer a maior cobertura de sua história. Os trabalhos começaram muito antes de a bola rolar, com cobertura sobre os acontecimentos dos bastidores, e seguirá durante os próximos dois meses e meio, com o acompanhamento dos desdobramentos e conteúdos especiais sobre a nova edição que começa.
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