Por Bruno H. de Moura
Por pouco, muito pouco o Brasília não estreou com vitória na sua casa. No detalhe da prorrogação o time perdeu. Brasília 92-93 Pinheiros, segunda derrota no torneio e expectativa grande para o próximo jogo, diante do Bauru, sábado (06/11) no mesmo ginásio Nilson Nelson, pelo bom desempenho na noite desta quinta-feira (04/11).
Com as ilustres presenças do ex-capitão da seleção brasileira, Lúcio e do cantor Hungria, que fez o show do intervalo do jogo, a Arena BSB Brasília entregou o que prometeu. Um evento estilo NBA. Abertura impecável, show muito bom, serviço funcionando, respeito às máscaras, camarotes bem isolados. Não há criticas à organização do evento, que entregou o que prometeu.
E aos que esperava emoção, tiveram de sobra. Bem no quarto inicial e no quarto final, o Brasília pecou nos períodos intermediários. No primeiro 26-9 e vantagem que levantava o torcedor. No segundo 14-29 seguido de 16-22 e finalizado com 24-20. 80-80 quando acabara o 4º quarto e o tempo normal.
Na prorrogação o Pinheiros logo abriu7 pontos no placar, gastar o relógio e com bola de 3 do Jefferson abria 10-2 no tempo. O time da casa corria atrás do prejuízo, mas o Pinheiros não deixava o Brasília – que liderou todo o jogo até o 3º quarto – se aproximar no placar. O Time reagiu em noite inspirada de Pedrinho Raiva, o destaque da partida, mas na ultima bola Deryk acertou e fechou pró-Pinheiros. Brasília 92-93 Pinheiros.
Nos números vantagem pro Brasília. Zach foi o cestinha com 26 pontos, seguido de Rava com 24. Pelo lado do Pinheiros o maior pontuador foi Munford com 22. Jefferson com 10 rebotes seguido de Guilherme com 7, ambos do Pinheiros, lideraram no fundamento. Rava com 6 mais rebotes pegou pro Brasília. E nas assistências novamente Rava, com 8, foi o destaque do jogo, seguido de Gabriel do Pinheiros com 7.
1º Período: Brasília brilhante no primeiro quarto. Perdido no segundo
O primeiro ponto do novo ginásio Nilson Nelson foi candango. Na marca dos 9′ Pedrinho Rava recebeu no centro da entrada do garrafão e de 3 pontos abriu o placar. Na sequência Arthur falhou na de 3, a bola voltou pra ele que deu passe debaixo do garrafão para Gemerson ampliar pra 5-0 Brasília.
Pedrinho Rava não queria saber de brincadeira. Foram 3 tentativas de 3, 3 acertos. Muito mais organizado no ataque, o Brasília conseguia segurar-se na defesa, ainda que Ronald e Arthur não decidiam quem cobriria o flanco esquerdo defensivo. O Pinheiros morria no ataque, e o Brasília não.
Faltando 3′ o Brasilia travava o Pinheiros. 22-4 até o ponto de Munfort, livre na marcação, de 3 diminuir. 22-7, que logo viraram 26-7 para o Brasília contra o Pinheiros.
2º Período: Brasília desconfigura e perde quarto
À frente no placar, Ricardo Oliveira deu folga para Pedrinho Rava e Arthur e testou Gabrielzinho e Gemerson. Faltando 10s Gabrielzinho errou no passe do ataque, Pinheiros pegou no contra-ataque até Dikembe e cravar de 2. Brasília 26-9 Pinheiros no 1º Quarto.
No segundo período Brasília voltou modificado Guilherme Basílio e João Pedro se juntaram a Pedrinho Rava, Zach e Gemerson. Pinheiros mudou bastante. Gabriel, Sena, Munford e Guilherme do banco para quadra, enquanto Dikembe permanecia na quadra.
O Brasília começou com 2 na frente, mas logo o Pinheiros com uma de 3 e outra 2 passou à frente no placar. Faltando 5 minutos o Brasília tinha feito 10 e o Pinheiros 14. 4 minutos sem pontuar, o Brasília dormia no ponto e errava na marcação defensiva. Brasília 10-17 Pinheiros quando Ricardo Oliveira parou o jogo.
A sina da 2ª etapa do Brasília seguia até Zach sofrer falta dentro do garrafão e ir pra linha de 2 pontos. Faltando 2’57s o Brasília voltou a marcar. 38-26 que loga viraram 38-31. No período o Brasília via ruir sua vantagem de 17 pontos do período primário. O Pinheiros recuperava 10 pontos.
Faltando 1′ para acabar Ricardo Oliveira parava. Mas seu plantel ou não ouvia, ou não entendi. Os 10 pontos recuperados viraram 15, o Brasília não concluía no ataque, enquanto o Pinheiros consertava os problemas de eficiência. O time paulista, ao final do primeiro tempo, tinha tentando 97 pontos e feito 38. O Brasília vinte a menos. de 70 fez 40. Brasília 40-38 Pinheiros.
3º Tempo: Brasília volta mais ligado, mas ainda perde.
Modificado, o Brasília voltou à quadra com Gemerson, Roja, Pedrinho Rava, Zach e Ronald. Já do lado do Pinheiros Gabriel, Jefferson, Coleman, Guilherme e Dikembe. E a primeira cesta foi do Brasília após ótimo passe picado de Pedro Rava para Gemerson ganhar espaço com o corpo e anotar 2 pontos usando a bandeja.
Aquele Brasília do início do jogo dava o ar da graça. Gemerson bem, Pedrinho Rava de volta ao jogo, Ronald importante no garrafão, abriram 5-1. Mas bola de três de Munford esfriou a reação. Na sequência, Rojas quase cravou no aro, mas falta do Pinheiros impediu uma linda jogada do time candango, completada com dois lances livres certos do Rojas.
A dificuldade maior do Brasília era de tentar. O time do DF tentava metade dos pontos que o Pinheiros, que ainda que tivesse um aproveitamento menor, por arriscar o dobro dos donos da casa, passava à frente faltando 1’52s. Pinheiros 54-53 Brasília. Eram 13-17 no período.
O Brasília durante todo o período colecionava erros. Zach insistia nas infiltrações, mas suas deixadas de bola não caiam. Gemerson que começara bem sumira, e Rava saiu cedo no período. Nos números o Brasília falava nas chances reais. Enquanto o Pinheiros fez 22/53 no período, o Brasília 16/35.
4º Período: por uma bola…
No último período o Brasília saiu na frente com 3 lances livres convertidos de Zach, e foi ele quem fez os pontos seguidos do Brasília, em linda jogada de três no flanco esquerdo de ataque. Mas o Pinheiros não deixava para trás e com Jefferson, Dikembe e Munford.
Foi Rava tomar toco na tentativa de bandeja e Basílio e Ronald não decidirem quem marcaria Dikembe que Ricardo Oliveira pediu tempo técnico com 7’39s a se jogar.
Na volta do tempo erro na marcação do Brasília e 3 pontos para o Pinheiros. Mas rapidamente Zach arrisca e converte de 2. O Brasília roubou a bola na jogada seguinte, mas Arthur ao invés de encarar a marcação e ir na tentativa da cravada procurou uma falta, recebeu o toco e viu o contra-ataque do Pinheiro gerar 2 pontos pro adversário.
Aos 5’53 no cronômetro Pedrinho Rava levou a torcida à loucura com belíssimo arremesso de 3, completado em cravada de Basílio. Aos 4’30 o Brasília conseguiu retirar a vantagem imensa, e Zach baixou para um ponto. Na resposta Guilherme de 3 sufocou a torcida, que só foi gritar na sequência com Pedrinho Rava. Era Brasília 72-74 Pinheiros.
Era até Gemerson, em dois lances livres, deixar tudo igual. 74-74. Tempo técnico do Pinheiros, falta em tentativa de 3 de Rava. No lance livre Rava não desperdiçou. 77-74.
A noite era de Pedro Rava. Não bastassem os 3 de lance livre, coube a ele anotar outra cesta de 2 e ao lado de lance livre convertido por Ronald abrir 80-76. 45s no último quarto, saída de bola de ataque do Pinheiros. 80-78. 22s e o Pinheiros fechou os espaços na defesa e forçou o erro do Brasília. Ataque do Pinheiros com 2 pontos de diferença.
Faltavam 8s quando Colleman fez de 2, e o Brasília não soube aproveitar a posse de bola. Tudo igual na zerada do cronômetro, prorrogação à vista.
Prorrogação: Brasília começa atrás e último lance decide o jogo
Logo no começo o Pinheiros já abrira 2 pontos com Guilherme e mais um com Munford de lance livre. 80-84 até bola de 3 de Gabriel. Mas Basquete dura muito. Pedrinho Rava em duas de longe tirava uma diferença que chegou a ser de 6 pontos para 3. Eram 47s e 88-91.
E se era dia de Rava, era dia de Rava. No pick in roll ganhou espaço e usando a bandeja baixou a 90-91. E se era dia de Rava, foi ele que interceptou passe do Pinheiros, armou a jogada de ataque e deu passe para Gemerson virar a partida na bandeja. 92-921.
David Eduardo parou o jogo pela última vez. 16s, jogada do Pinheiros com Deryk, errou na finalizando embaixo do garrafão, mas recuperou a bola e fez o derradeiro ponto da virada. Com Deryk 92-93.