Paracatu, em Minas Gerais, tem uma relação estreita com o futebol do Distrito Federal. Mesmo com a cidade localizada a cerca de 230 km de Brasília, o antigo clube representou o município mineiro em cinco edições do Campeonato Candango, chegando ao terceiro lugar em duas oportunidades. Agora, a região ganhou uma nova equipe para chamar de sua: a Associação Esportiva Paracatu. Porém, ao contrário do antecessor, o time pensa em fincar raízes no estado de origem e não na capital federal.
O evento de lançamento da AE Paracatu foi realizado em clima festivo no Centro Administrativo do município mineiro na última quarta-feira (20/10). A agremiação surge carregando a missão de preencher a lacuna deixada pelo Paracatu Futebol Clube. Quando chegou na cidade, em 2013, o PFC recebeu o apoio da prefeitura e foi adotado pela torcida local. Porém, o casamento acabou em 2019, quando o presidente Elias Andrade decidiu transferir a base da equipe novamente para Unaí, região onde a equipe nasceu.
A vaga no Candangão foi embora junto e a cidade ficou sem um clube local. A lacuna durou somente duas temporadas. Mesmo com as raízes do antecessor vinculadas ao Distrito Federal, a AE Paracatu optou por construir sua história em Minas Gerais e não irá disputar o torneio da capital federal. A possibilidade era plausível por questões logísticas. O município mineiro fica mais perto de Brasília do que de muitas outras cidades mineiras com clubes profissionais, o que reduz custos nas disputas.
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Presidente do novo AE Paracatu, Tiago Batiamo vislumbra fazer sucesso no Campeonato Mineiro. Na temporada de 2022, a equipe irá jogar pela primeira vez a Segunda Divisão do estadual, torneio equivalente ao terceiro escalão em Minas Gerais, atrás dos Módulos I e II do torneio. “Vamos entrar nessa competição para fazer história. Com um projeto sério e uma boa estrutura, iremos avançar na disputa”, prospectou o mandatário no evento de lançamento da equipe.
Emocionado, Batiamo fez agradecimentos a quem contribuiu no surgimento do novo time do município. “Obrigado a todos por acreditarem que Paracatu merece um time profissional. Dedicação, paixão e história não faltam no futebol da nossa cidade”, comemorou. A AE Paracatu adotou as cores amarelo e verde e nasceu contando com um programa de sócio-torcedor. O plano, com 100 cotas de benefícios no valor de R$ 300,00, foi esgotado pelos torcedores em menos de 24h.
A criação do clube também foi comemorada pelo prefeito Igor Santos, que tinha como promessa de campanha a chegada de um novo time profissional para o município. “É com orgulho que no aniversário de Paracatu cumprimos mais uma promessa de campanha, que é o lançamento do nosso time profissional. Estamos aqui hoje com muita animação como apaixonados pelas causas do povo para entregar esse time especialmente para o povo de Paracatu”, destacou.
Uma pena, porque acho que o futebol do entorno acrescenta ao DF. Tem torcida, movimenta as cidades e comércio, a imprensa local, revela jogadores, enfim, é muito bom. Estava no jogo Paracatu 1 x 0 Brasiliense. O estádio estava lotado em plena quarta-feira a noite. No mineiro, o Paracatu não muitas chances. Se subir, vai topar com Atlético, América, Cruzeiro e outros pequenos, mas fortes no interior e tradicionais.
Na live pelo Instagram os dirigentes explicaram o mais óbvio. Candangão é fácil, porém visibilidade zero. No módulo é muito mais fácil conseguir patrocinadores pela maior visibilidade, sem contar receber um Atlético,América ou Cruzeiro dá muito mais renda com bilheteria que teria em todo Candangão mesmo recebendo Gama e Brasiliense. Fora cota de TV que sequer tem no DF. Por fim, hoje o 7° colocado nk Módulo 1 garante vaga na série D. Time de fora que joga o Candangão não é ambição, são medrosos e gastando recursos da prefeitura à toa. Parabéns ao novo Paracatu. E por mim, extinguiria o Candangão e passava a jogar o Goianão, assim ou o futebol do DF cresce ou vai de vez.