A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu mais um passo para promover a volta de torcedores em competições nacionais. Sem citar a possibilidade na Série D do Campeonato Brasileiro, a entidade divulgou um protocolo contendo orientações para federações estaduais, clubes e administradores de estádios. A intenção é viabilizar a realização de um teste nas quartas de final da Copa do Brasil, mas o plano encontra dificuldades.
De acordo com a regulamentação obtida pela reportagem do Distrito do Esporte, a taxa de público nos estádios recomendada pela CBF varia entre 10 e 50%, a depender da situação da pandemia de covid-19 nas regiões das partidas. Para não haver desequilíbrio, o retorno, porém, só será levado à diante quando todos os estados brasileiros permitirem a medida. No momento, locais como Brasília e Belo Horizonte concederam autorização.

Na área médica do protocolo, a entidade especificou detalhes da chamada “matriz da taxa de normalidade”. O cálculo “considera os parâmetros epidemiológicos das localidades” em relação à pandemia do novo coronavírus e estabelece seis critérios com pontuações diferentes idealizadas pelos médicos Carlos Starling e Braulio Couto para se avaliar pontos como taxa de Incidência, de novos casos, mortalidade e população plenamente vacinada.
O Protocolo de Recomendações estabelece que será permitida apenas a presença da torcida do clube mandante. A intenção é de se evitar deslocamentos de torcedores de outras localidades do país. Os organizadores deverão aferir a temperatura corporal dos presentes, que serão obrigados, ainda, a usar máscara de proteção nos ambientes internos dos estádios, assim como manter distanciamento social.
Exigências
A exigência de teste PCR negativo em até 72h antes da partida será definida por cada estado. No Distrito Federal, o decreto que autorizou a volta de público prevê tal medida para os torcedores que ainda não concluíram o ciclo de vacinação contra a covid-19 – duas ou uma dose, a depender do laboratório fabricante. “Como alternativa, o teste “Pesquisa de Antígenos” será aceito se realizado em até 48h antes da partida”, sugere a CBF.
“A CBF disponibilizará webservice para consultas a respeito de vacinas, RT-PCR e antígeno, a fim de que os clubes, ou as empresas por estes contratadas, possam verificar a veracidade das informações de vacinação plena ou testagem prestadas pelos torcedores. Efetivada a venda do ingresso, os organizadores deverão informar à CBF, para fins de auditoria, o CPF do torcedor adquirente e os dados do ingresso adquirido”, segue.
“O documento foi elaborado em conjunto pela Comissão Médica Especial e pela Diretoria de
Competições, ambas da CBF, apresentando medidas protetivas para a presença segura de
público nos estádios, sempre tendo em vista a busca pelo equilíbrio das competições
coordenadas pela CBF, conforme previsto no Art. 1 do RGC 2021”, diz a confederação logo na introdução do protocolo.
Série D dependeria da DCO da CBF
A CBF diz, ainda, que a adoção do documento deverá ser aprovada em Conselhos Técnicos das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Isso, inclusive, explica o fato de a Série D não estar citada no protocolo. Como a quarta divisão não conta com tal encontro entre os participantes, a decisão fica a cargo do Departamento de Competições da entidade máxima do futebol brasileiro. O Brasileirão Feminino segue a mesma lógica.