Por Bruno H. de Moura
Não deu. O forte calor registrado na cidade japonesa de Sapporo – sede da Marcha Atlética nos Jogos Olímpicos de 2020 – pesou contra o brasiliense e principal esperança de medalhas para o quadradinho, Caio Bonfim. Em 1h 23 min 21s o morador de Sobradinho percorreu os 20km da Marcha Atlética e não repetiu o excelente desempenho em 2016, caindo 9 posições daquele inesperado 4º lugar no Brasil.
As altas temperaturas na cidade já eram registradas há semanas, mas a organização não imaginou que bateriam 36º de sensação térmica. Sapporo foi escolhida exatamente por ter um clima mais ameno que Tóquio, o que não se viu.
Ao SPORTV, o marchador de Brasília disse que deu tudo de si e que estava orgulhoso de sua dedicação:
“Nível altíssimo. Me preparei muito bem. Queria passar a linha de chegada com a sensação que dei tudo. Foi o que fiz. Ganhei de dois campeões mundiais e medalhistas olímpicos. Não é fácil. Eu dei tudo. Não consegui me manter no pelotão onde queria estar, mas encontrei um ritmo e fui crescendo, mas nessa hora não consegui mais manter. Fiquei só sobrevivendo. Sei que dei tudo” afirmou ao canal.
Caio não começou bem o percurso, saindo atrás no pelotão e precisando recuperar tempo perdido. A partir da metade da prova o candango acelerou a marcha e chegou a ocupar a 12ª posição, mas o equatoriano Brian Pintado na reta final. O Bronze no Mundial de Londres em 2017 e seus 1h 19 min 04s ficaram relativamente longe de serem alcançados, bem como a marca de 1h 21 min 05 do italiano campeão do ouro, Massimo Stano. O Japão completou o pódio com uma dobradinha: Koki Ikeda e Toshikazu Yamanishi, favoritos em casa, ficaram com prata e bronze.
Os brasileiros Matheus Correa e Lucas Mazzo, que corriam por fora nas apostas de vitória, acabaram não surpreendendo. Correa encerrou na 46º colocação, com o tempo de 2h31m47s, prejudicado por punições e um pit stop de dois minutos. Lucas Mazzo abandonou a prova depois de 13km.