Por Bruno H. de Moura
Brasiliense e Gama são os representantes do futebol candango na Série D do Brasileirão pelo segundo ano seguido. E pelo segundo ano seguido no novo formato, não mais com 4 times por grupo, mas com 8 equipes em cada uma das 8 chaves.
Porém, diferentemente do ano passado em que as equipes do Distrito Federal dominaram seu grupo na competição nacional, liderando durante todas as rodadas o grupo A6, dessa vez Jacaré e Periquito estão em situação pouco confortável na chave 5 do torneio.
Gama tinha incríveis 90% de aproveitamento
Em 2020, ao final da sétima rodada e do primeiro turno da primeira fase, o Brasiliense somava 14 pontos, 4 vitórias, 2 empates, e uma única derrota para o arquirrival, Gama. O time tinha aproveitamento de 66,6% e era vice-líder do seu grupo.
O Gama, que engatou uma sequência de 4 vitórias seguidas no começo daquela competição, terminou o primeiro turno com 19 pontos, 6 vitórias e apenas 1 empate na 5ª rodada diante do Tupinambás. A equipe era a melhor, disparada, de toda a Série D 2020 e acumulava um aproveitamento de impressionantes 90,5%, campanha quase perfeita até aquele instante.
Somados e divididos por 2, a média de aproveitamento dos times candangos era de 78,55% (90,5% de Gama + 66,6% do Brasiliense /2).
Ao final da primeira fase o aproveitamento do Gama reduziu a 76%. Com graves problemas salariais e perda de medalhões, à época, nos 7 jogos finais o Periquito perdeu 2 e empatou 1 jogo, vencendo os outros 4. 32 pontos de 42. Já o Brasiliense, que engatou na parte final, fez a mesma campanha do Brasiliense na segunda parte, somando 19 pontos. 33 pontos com mais 6 vitórias e 1 empate e 78% de aproveitamento final.
Brasiliense tem menor redução entre os dois, mas cai 14,2%
2021 não é o novo 2020 para o futebol do DF. Se no ano passado as equipes locais passearam na primeira fase, dessa vez estão em situação sofrível. O favorito à classificação à Série C, Brasiliense, está na quarta colocação, enquanto o reformulado Gama anota a 6ª posição.
Hoje, o Brasiliense possui 11 pontos, tendo vencido 3 partidas, empatado 2 e perdido outras 2. 52,4% de aproveitamento, 14,2% a menos que do ano passado e duas colocações abaixo da segunda posição de 2020.
Em outra situação está o Gama, que não lembra, nem um pouco, a campanha de 12 meses atrás. O time soma 7 pontos em 7 jogos, aproveitamento de 33,3% conquistado em 1 vitória, 4 empates e 2 derrotas. A 6ª colocação o deixa fora da zona de classificação. A queda de rendimento foi da casa de 57,2%.
A média de aproveitamento do futebol local em 2021 é de 42,8% (52,4% do Brasiliense + 33.3% do Gama /2), uma redução de drásticos 35,7%.
Números mostram grupo mais parelho em 2021
Se Gama e Brasiliense eram soberanos em 2020 e classificaram com várias rodadas de antecedência, desse vez o grupo da Série D está mais estável.
O líder da chave 5, Goianésia, fez 13 de 21 pontos e acumula 61.9% de aproveitamento, o que é menor que o então vice-líder de 2020, Brasiliense, que tinha anotado 14 pontos até a 7ª rodada daquele ano.
A distância entre líderes e demais times também é menor. Hoje, Aparecidense e União Rondonópolis com 12 pontos, Brasiliense com 11 e Nova Mutum com 10, na quinta posição, fecham o pelotão de liderança que tem uma diferença mínima de 3 pontos entre primeiro geral do grupo e primeiro de fora da zona classificatória. Para se ter uma noção, o líder Goianésia, se vacilar nas próximas duas rodadas já pode estar fora dos 5 primeiros lugares, o que não aconteceria no ano passado.
Em 2020, o Gama tinha vantagem de 9 pontos para o quinto colocado, enquanto o Brasiliense abria 4 pontos para o Bahia de Feira, primeiro fora da zona. Já o sexto colocado era o Vila Nova/MG, com 7 pontos, 12 a menos que o Gama, diferença muito maior que os hoje 6 pontos que separam Goianésia e o próprio Gama.
Falta atacantes que façam gols, demora surgir chances de gols e quando surge os atacantes perdem. Assim fica difícil…
Contratem o Paulo Renê, ele é mator e prata da casa…