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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Brasiliense Ketleyn Quadros será porta-bandeira do Brasil nas Olimpíadas

Nascida em Ceilândia, judoca de 33 anos foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em esportes individuais, em Pequim 2008. Ela terá a companhia de Bruninho na função

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Por Redação do Distrito do Esporte

O Distrito Federal estará representado na linha de frente na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Na próxima sexta-feira (23/7), a judoca brasiliense Ketleyn Quadros será uma das responsáveis por carregar a bandeira do Brasil no tradicional evento olímpico. Na função, a atleta de 33 anos nascida em Ceilândia terá a companhia do jogador de vôlei Bruninho. A definição foi feita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Ketleyn Lima Quadros foi matriculada pela mãe na natação, mas faltava às aulas para assistir aos treinos de judô. De tanto insistir, acabou começando a praticar a modalidade. Para se classificar aos Jogos Olímpicos Pequim 2008, viu sua principal concorrente à vaga, Danielle Zangrando, se machucar e não deixou a oportunidade passar. Depois de ficar fora dos Jogos por dois ciclos olímpicos, voltou à competição 13 anos depois de sua medalha e recebeu a honra de ser a terceira mulher na história  (depois de Sandra Pires, em 2000, e Yane Marques, em 2016) e também a terceira judoca (depois de Walter Carmona, em Seul 1988, e Aurélio Miguel, em Barcelona 1992) a carregar a bandeira do Brasil.

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“Eu fico me emocionando o tempo inteiro. As conquistas são consequências de quem acredita, de quem constrói apesar das adversidades, de muita dedicação, de muito treinamento, do trabalho de muitas pessoas. Eu olho pra minha carreira e vejo que não ter participado dos últimos dois Jogos Olímpicos me ajudou a crescer, a evoluir e a estar aqui. Sou muito grata e me sinto privilegiada por representar cada um dos brasileiros sendo porta-bandeira”, disse Ketleyn, que possui 33 medalhas em eventos do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô.

“Tenho 33 anos e uma vida dentro da modalidade. Não falo isso com peso não, eu amo o que eu faço. Acho que vai passar um filme na minha cabeça quando eu tiver lá e saber que tudo que passei valeu à pena”, completou.

Bruninho, filho dos ex-jogadores Vera Mossa e Bernardinho, despontou no vôlei atuando pela equipe de Florianópolis. Em 2007, sagrou-se campeão dos Jogos Pan-americanos do Rio e nunca mais abandonou a seleção brasileira. Mesmo enfrentando desconfiança por ser filho do então treinador, conseguiu uma das carreiras mais vitoriosas do vôlei mundial, com três medalhas olímpicas e sendo capitão na campanha do ouro na Rio 2016. Ele será o primeiro representante do vôlei a ter essa distinção.

“Sou um mero representante do que o vôlei significa não só para o esporte, como para o povo brasileiro. Os valores que gerações anteriores deixaram de dedicação, de luta, de garra, de superação é o que levo e me sinto muito honrado. Ser o primeiro é motivo de muito orgulho e fruto desse legado. Sintam-se todos representados. Depois que soube, contei apenas para algumas pessoas muito próximas, entre eles meu pai, uma pessoa que sempre guiou, que foi muito importante na minha carreira, primeiro como jogador, fazendo parte de uma geração pioneira, depois como técnico da geração mais vitoriosa história, que culminou com o ouro olímpico da superação. Representar a todos no maior momento do esporte mundial, eu não sei nem o que dizer, só na hora que vamos sentir na pele essa emoção e será um momento muito marcante”, disse Bruninho.

Ketleyn competirá no lendário Nippon Budokan no próximo dia 27, enquanto Bruninho fará a sua estreia com a seleção no dia 24, na Ariake Arena, contra a Tunísia. “Seremos a porta-bandeira e o mestre-sala”, completou Bruninho. Uma bela comparação pra quem vai representar o país do samba.

*Com informações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)

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