Por Bruno H. de Moura* e Pedro Machado
Após o Real Brasília adotar o Defelê, o Capital passar a gerir o estádio JK, o Ceilândia está viabilizando o controle do estádio Maria de Lourdes Abadia, o Abadião.
Na tarde da última quarta-feira (30/6), Ari de Almeida, mandatário do Ceilândia, e o Delegado Fernando Fernandes, deputado distrital eleito e atual Administrador Regional de Ceilândia, se reuniram na sede da administração regional para discutir os primeiros passos do projeto capitaneado por Ari.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, o administrador regional teria gostado da ideia e se interessado com o projeto e dito, segundo o comunicado, que ”-Estádio tem que ser cuidado e gerido, por quem entende de estádio e tem que ser dessa maneira”. Ainda nas palavras da assessoria, Fernando Fernandes e o Presidente do Ceilândia Ari de Almeida pactuaram em dar início aos trâmites legais para que o Clube possa gerir e administrar o Estádio pelos próximos quatro anos.
O Ceilândia disputará Copa Verde, Copa do Brasil e Brasileirão da Série D em 2022. Todas as vagas foram prêmios pelo vice-campeonato do Candangão 2021. Com uma série de problemas estruturais, a adoção do Abadião pelo Ceilândia é uma maneira de Ari de Almeida e os demais diretores da equipe terem tempo de deixar a praça pronta para as competições nacionais que interessam ao gato preto.
O projeto também fortalece o Ceilândia Esporte Clube em contraponto à Sociedade Esportiva Ceilandense, o outro clube da Ceilândia que disputará a segunda divisão do Candangão em 2021, à procura de uma vaga na elite do futebol local. As duas agremiações, adversárias, terão de se entender: Ceilândia e Ceilandense mandam seus jogos no Abadião.
A reunião, que também tratou de outras temáticas, encerrou com uma foto entre os dois e uma camisa do Ceilândia entregue por Ari para Fernando Fernandes.
*Com informações da assessoria de imprensa do Ceilândia Esporte Clube
A ideia é boa. O serejão pode ser chamado de estádio (hoje é um verdadeiro chiqueiro) quando este sob a administração do Brasiliense. Até o gramado era outro, além da limpeza e organização. O Defelê, apesar de acanhado, está ficando muito bom, inclusive o gramado. A questão é: o Ceilândia, como o Brasiliense e o Real, tem “bala na agulha” para promover melhorias. O Defelê é um estádio privado (não pertence ao GDF) e foi fruto de uma parceria entre o Real e um clube particular (dono do estádio) e os parceiros se revolvem entre si. Investir dinheiro (que nem sei se o Ceilândia tem) num estádio público? Vale a pena? Sinceramente, acho que não.