O consórcio Arena BSB deu mais um passo para a construção do Complexo Esportivo de Brasília. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) emitiu autorização para o grupo emitir o licenciamento de execução das obras do espaço com a publicação do chamado atestado de viabilidade em Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV). O sinal verde foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de quarta-feira (24/3).
Com o documento, a Arena BSB poderá concluir o trâmite para a emissão do alvará de construção do empreendimento, composto por um conjunto de espaços de convivência na região que abriga o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. A ideia do consórcio é construir um boulevard com quadras esportivas, praças, ciclovias, pontos de comércio para lojas e cinemas, dando nova aparência ao espaço.
Em contrapartida, o consórcio precisou garantir medidas de mitigação e compensação para reduzir e evitar impactos na região e nas proximidades. Para isso, a Arena BSB deve pôr em prática iniciativas como destinar terra das escavações para os jardins, construir calçadas ao lado do Autódromo, implementar melhorias no sistema de iluminação do espaço e investir em um projeto de arborização, além da manutenção do Parque Aquático. Elas são estimadas no valor de R$ 4.786.190,00.
Acompanhamento
A implementação das obras de mitigação e compensação serão acompanhadas pelos órgãos, entidades e concessionárias do Distrito Federal. Os prazos para cumprimento das medidas são monitorados pela Comissão Permanente de Análise do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (CPA/EIV). “No geral, dizem respeito às obras de qualificação do espaço público, tais como complementação da rede cicloviária e de mobilidade ativa”, afirmou a diretora de Instrumentos Urbanísticos da Seduh e membro da CPA/EIV, Cristiane Gusmão.

Arena BSB
A Arena BSB assumiu integralmente os cuidados do Complexo Esportivo de Brasília em abril de 2020. O acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF) prevê que a área será administrada pela iniciativa privada por 35 anos. Nesse período, a arrecadação de tributos pagos pelo consórcio e incidentes sobre a receita do complexo reforçarão o caixa do GDF. A estimativa é de uma economia de R$13 milhões anuais com a dispensa de manutenção de todo o centro esportivo.
A ideia é que as intervenções previstas para o local, que tem como principal ativo o Estádio Nacional Mané Garrincha, deem nova cara ao centro da capital federal, resgatando o espaço e reafirmando a posição de Brasília como destino em potencial no circuito nacional de grandes eventos. As projeções são de que o consórcio invista R$ 700 milhões no Complexo Esportivo de Brasília durante o tempo de vigência contratual.