Por Bruno H. de Moura
Pelo terceiro ano seguido e pela quarta vez na história da Série D o Brasiliense não cai antes de chegar à fase classificatória à Série C. O time do DF, que teve a melhor campanha da primeira fase no geral, venceu, mas não foi o suficiente para impedir a eliminação na competição. Os 4-0 em Mirassol pesou e dificultou a reação do time mandante, na Boca do Jacaré.
As mudanças de Vilson Tadei antes do jogo mais atrapalharam que ajudaram.
As diversas alterações no plantel, a falta de planejamento, a troca de técnico, contratações surpresas, rescisões inexplicáveis e uma preocupação inexplicável com o seu maior rival, principal alvo das investidas do Jacaré, resultaram no fracasso de um ano que tinha tudo para ser o melhor do Brasiliense nos últimos 10 anos.
No jogo deste domingo (27/12) uma amarga vitória de virada, por 2-1, com grande desempenho de Zé Love em campo – que fez falta na partida inicial em Mirassol. Na soma geral, outra desclassificação, outro ano com calendário suprimido e a expectativa de subir no Brasileirão da Série D de 2021.
Alterações na escalação inicial
Vilson Taddei mexeu quatro vezes no time titular. No gol, pela primeira vez na Série D, Fernando Henrique não jogou. Edmar Sucuri, goleiro titular do Brasiliense por todo o ano passado e o menos vazado de todo o Candangão, estreava no jogo mais importante do Jacaré na partida.
Vilson Taddei ainda sacou Balotelli para entrada de Carlos Eduardo, Jefferson Maranhão para Romarinho ser titular e Maicon Assis, recuperado, permaneceu no banco. Zotti, mais uma vez, titular.
O Mirassol não inovou. Num esquema 2-4-3-1, o time dirigido por Eduardo Baptista tinha objetivo claro: amontoar o meio de campo e impedir a criação do Brasiliense. E a ideia estava correta.
1º Tempo: time mudado, mas perdido
A primeira jogada de perigo foi aos 4′. Cruzamento de escanteio na esquerda, a bola sobrou para Badhuga que ensaiou uma bicicleta, mas errou na finalização ao gol do Mirassol. Aos 10′ erro na saída de bola do Brasiliense com Keynan, ela sobrou para o Mirassol e Neto, num chute cruzado de dentro da área, colocou à direita de Sucuri.
Aos 12′ Cássio Gabriel sentiu a perna direita e foi rapidamente tirado de jogo por Eduardo Baptista. Rafael Tavares ia pro campo. Aos 14′ Peu chegou perigosamente pela esquerda, viu Jeferson levemente adiantado, e cruzou em direção ao gol, obrigando Jeferson a espalmar.
Aos 20′, o Mirassol começou a jogada com o goleiro Jeferson ligando o ataque pela esquerda e, numa enfiada de bola precisa, Fabrício recebeu dentro da área, Sucuri saiu e, no chute, o zagueiro Keynan desviou para o fundo da própria rede, colocando o Brasiliense 1-0 atrás no placar e precisando de 6 gols.
Aos 29′, Zé Love recebeu de Carlos Eduardo, ajeitou no peito, mas marcado por dois, acabou chutando em cima da zaga do visitante e conseguindo o escanteio, na sequência desperdiçado. O Brasiliense levava o jogo em banho maria. Sem efetividade no meio de campo, com Zotti fazendo papel de volante e Carlos Eduardo lento na armação, o Jacaré era dominado pelo meio fechado de Eduardo Baptista.
Aos 38′, falta na intermediária. Peu cobrou bem, mas em cima do goleiro Jeferson. Aos 46′ a jogada se repetiu, dessa vez com Zé Love rolando para Peu chutar. Nessa toada seguiu o jogo até os 48′ e o placar na mesma. 0-1.
2º Tempo: Zé Love carrega o Brasiliense, mas não é o suficiente
Vilson Tadei e Eduardo Baptista mudaram. Pelo lado do Brasiliense saíram Zotti e Romarinho e entraram Bruno Lima e Maicon Assis. Já no Mirassol Fabrício saiu para entrada de João Carlos e Neto deu lugar para Minho. O jogo ganhou velocidade.
Aos 8”, jogada estranha dentro da área, um bate e rebate pelo lado esquerdo e Maicon Assis sofreu a carga por trás, recebendo a falta assinalada como pênalti pelo árbitro. Zé Love bateu no cantinho esquerdo, Jeferson ainda foi na bola, mas não chegou nela. O Brasiliense diminuía. 1-1 no jogo, mas 1-5 no geral.
Aos 15” Maicon Assis interceptou jogada na direita, passou para Diogo que fez excelente cruzamento na cara do gol, mas ninguém apareceu para tocar na direção do gol. Na sequência, Maicon Assis de fora arriscou do meio do campo, mas jogou longe da meta adversária.
Com 19” no cronômetro, Aldo dominou no meio, viu Badhuga na intermediária direita que recebeu, fez passe primoroso para Zé Love que marcado, ajeitou para Luquinhas livre, na cara do gol, chutar para fora da meta. Aos 20” duas mudanças. Aldo saiu para Jefferson Maranhão, um volante por um atacante, e Peninha no lugar de Carlos Eduardo, um meia por outro.
9” minutos passaram-se de pouca produção. Vilson Tadei mudou de novo. Rodrigo Fumaça no lugar do Luquinhas. Eduardo Baptista tirou Lucas Silva para entrada de Luís Henrique. O Brasiliense raramente criava. As mudanças davam mais velocidade, mas o meio de campo seguia estritamente limitado. Zé Love isolado tinha, muitas vezes, de voltar para tentar criar algo.
Aos 35” Edmar Sucuri lançou a bola pro ataque, Heitor desviou errado de cabeça, na marcação na cara do gol Patrick falhou, Zé Love, com o corpo, abriu espaço, se livrou do zagueiro e do goleiro, e chutou para virar o jogo. 2-1 no placar, 2-5 no geral.
Eduardo Baptista botou Oliveira e tirou Moraes. O Brasiliense pressionava, mas na conclusão a equipe não conseguiu chutar ao gol. Diogo, aos 50”, fez o último cruzamento da Série D para o Brasiliense e Zé Love, que não conseguiu empurrar para dentro do gol e colocou a bola para linha de fundo, deu o último toque na bola pelo Jacaré em 2020.
Resto ao Brasiliense a Copa Verde 2020, o Candangão 2021 e a Série D 2021.
Brasiliense: 2
Edmar Sucuri; Diogo, Keynan, Badhuga, Peu; Aldo (Jefferson Maranhão), Zotti (Bruno Lima), Carlos Eduardo (Peninha); Luquinhas (Rodrigo Fumaça), Romarinho (Maicon Assis), Zé Love
Tec.: Vilson Tadei
gols: Zé Love duas vezes
Mirassol: 1
Jeferson; Vinícius, Heitor, Patrick, Moraes (Oliveira); Daniel, Alison, Lucas Silva (Luís Henrique), Cássio Gabriel (Rafael Tavares), Netto (Minho); Fabrício (João Carlos)
Tec.: Eduardo Baptista
gols. Keynan (contra)
Arbitragem: Pablo Ramon (RN), Luis Carlos (RN), Francisco Assis (RN) Maguielson (DF)
Concordo plenamente, ainda, acredito que o Brasiliense perdeu o acesso por causa de contratações e dispensas exageradas. O atacante Manoel, por exemplo, estava jogando bem, fazendo gols, mas foi dispensado, contratou Zot, que não joga nada, dispensou Marcos Aurélio, que tem boas qualidades, dos jogadores que contratou do Gama, o único que mostrou serviço foi o Luquinhas. Rodrigo Fumaça que foi tirado do Manaus é outro que não joga nada, Fernando Henrique com salário autissimo, praticamente entregou a classificação no jogo de ida.
Infelizmente, ao invés de apoiar o esporte local o governo do DF prefere gastar altas quantias com o Flamengo, usando dinheiro público. Acredito que se o Gama tivesse tido patrocínio, algum tipo de ajuda, teria conseguido o acesso.
O Brasiliense se preocupou mais em prejudicar o Gama do fazer um trabalho decente pra subir de divisão. Recebeu o castigo merecido. Enquanto tiver cabeças assim, o futebol do DF não vai evoluir nunca.
Até que enfim alguém da imprensa teve a coragem de registrar que o Brasiliense agiu de má fé para prejudicar o Gama na competição. Isso vem acontecendo há anos. Com toda a dificuldade com elenco, a possibilidade de passar de fase, após o 1 a 1 com o Goianésia, fora de casa, era real para o Gama. Mas os dirigentes do Brasiliense, a mando do patrão bilionário e covarde, decidiu prejudicar o Gama de vez ao contratar o Tadei. Atitude repulsiva. A pequena torcida amarela deveria condenar esse tipo de ação, mas ao contrário sempre aplaudiu. Deu no que deu !!!
Esperar que o presidente do Brasiliense tenha ética ou escrúpulos em prejudicar o Gama, é esperar demais….basta olhar o passado dele nada recomendável, até que enfim parece que a imprensa esportiva ta perdendo o medo de criticá-lo. Mas a diretoria deles deve estar satisfeita, atingiu o principal objetivo, que era não permitir o acesso do GAMA!
Bem feito!!! Contratações erradas, medalhões ultrapassados, troca de comendo, tentativa de prejudicar o Gama. Enfim, amadorismo a mais não poder!!! Mas o Brasiliense não quer subir. Quer calendário para continuar “negociando” jogadores, sabe-se lá com que objetivo. Foi impressionante a falta de vontade de jogadores que ganham bem e recebem em dia, por que? No primeiro jogo entregaram. Enquanto isso Picos, Marcílio Dias e outros (com jogadores desconhecidos e sem estrutura) seguem adiante. Digo e repito, o Brasiliense não quer subir. O ano que vem vai ser a mesma coisa!!! O Gama subiria, se não tivesse sido desmontado. É isso aí. Esse é o nosso futebol em total declínio. Talvez o Real seja a esperança, embora seja time de político e políticos sabe-se como são.
Não deixar o Gama crescer, sempre foi o principal objetivo do Brasiliense. Agora, se não fosse esse caos financeiro vivido pelo o Gama, obra da incompetente diretoria, certamente o Gama subiria pra segunda divisão.
Digo: terceira divisão.
Agora, eu pergunto, o que custava o BRB bancar um patrocínio de pelo menos um milhão para cada time do DF que disputam competições nacional, se está bancando o Flamengo com quase cinquenta milhões, e ainda bancou a festa de aniversário do Flamengo? Flamenguistas fanáticos dirão que o Flamengo da mais retorno, não sei que retorno, além disso, quase todos os estados e prefeituras ajudam o futebol de seus estados. Se o governador se importasse o futebol daqui, com certeza ele daria um patrocínio.
Cada um tem o governador que merece! O Ibaneis é governandor do DF, mas ele gosta mesmo é do seu estado/cidade natal, que inclusive tem ajudado bastante à custa do dinheiro do contribuinte do DF, ao mesmo tempo que financia seu time do coração que é do RJ. Olha nós estamos é lascado com esse cara!!!
No Pará, o governo repassou 3 milhões de reais (em forma de patrocínio) para o Remo e o Paysandu, e os dois clubes estão bem na série C, com chances reais de subirem para série B.