Por Danilo Queiroz
Oito vezes campeão do Campeonato Candango e dono da taça da Copa Verde de 2014, o Brasília quer voltar a escrever capítulos dourados em sua história no futebol local. Querendo se reinventar, o clube colorado começou pela sua identidade visual e promoveu um rebranding no seu escudo, alterando as características de sua marca principal pela nona vez em sua história.
Depois da tentativa frustrada em 2015, o Brasília confiou a missão de modernização à Calix Propaganda. A agência foi a responsável por toda a criação do projeto do novo manual de aplicação. Agora, o escudo é composto basicamente por traços que substituem e lembram o antigo formato circular da marca. O nome e o ano de fundação do clube permanecem na proposta, mas em uma nova posição.
Inspirada no case bem-sucedido do rebranding feito pelo Athletico Paranense, a diretoria do Colorada realizou a mudança com a intenção de imprimir a marca da nova gestão que estará à frente do clube nos próximos anos, mas preservando a identidade histórica do Brasília. A vontade de inserir traços modernos, assim como os que são marca notória da capital federal, também esteve presente no projeto.
A empresa, inclusive, foi quem divulgou a primeira imagem do escudo através das redes sociais. “A Cálix reformulou a identidade visual do Brasília Futebol Clube, um dos times mais tradicionais da cidade. Com linhas mais modernas e fontes em sintonia com o mundo digital, a nova proposta já estampa os uniformes dos jogadores e todo o material gráfico da equipe”, resumiu.
Nona mudança na história
Com 45 anos de história, o Brasília terá sua nona versão de escudo. A primeira foi utilizada entre 1975 e 1978, quando ganhou um formato circular, mas com a mesma composição em vermelho no centro. Em 1980, o colorado adicionou pela primeira vez seu nome em uma marca na camisa. A versão, que ainda carregava a alcunha “Esporte Clube”, foi utilizada até a temporada de 2000, quando o clube foi comprado por investidores.
Com isso, houve a primeira grande mudança, com o time adotando as cores vermelho, azul e verde e passando a se chamar Brasília Futebol Clube. Com o fracasso da gestão em 2002, Weber Magalhães, que já havia sido presidente da equipe, reassumiu e resgatou os tons usados tradicionalmente, assim como implementou a primeira versão do escudo em formato circular e bastante próximo do atual.
Em 2008, o clube fez apenas uma pequena atualização ao adotar o fundo do escudo com a cor predominantemente vermelha, mantendo as inscrições com o nome e o ano de fundação do Brasília. No ano de 2013, um novo rebranding fez uma modernização de conceito aos elementos da identidade visual do clube. O modelo foi utilizado pelo Colorado até a atual temporada.
Nova reformulação após fracasso de 2015
Essa é a segunda reformulação que o Brasília faz em seu escudo em um espaço de cinco anos. Em 2015, quando se preparava para disputar a Copa Sul-Americana, o clube colorado apresentou uma forte mudança no conceito que era utilizado anteriormente. Na época, a ousada ação de marketing foi liderada pela equipe de marketing da equipe e envolveu a aplicação do azul e até mesmo a mudança de mascote, que passou a ser uma Águia.
A novidade, porém, não durou muito. A torcida do Brasília julgou que as modificações descaracterizavam a tradição do Colorado Candango e reprovou as mudanças em massa, passando a fazer pressão pela retomada do padrão antigo. As reclamações surtiram efeito e três dias depois o time voltou atrás na decisão e informou que iria usar a identidade visual tradicional na Sul-Americana, o que, de fato, aconteceu.
Segunda Divisão de 2020
De olho em uma retomada, o clube jogará neste ano a Segunda Divisão do Campeonato Candango, torneio em que tenta sair desde a temporada de 2018. O Brasília disputará o torneio no grupo B ao lado de Santa Maria, Cruzeiro e Samambaia. Neste ano, a competição será de tiro curto e está marcada para ter bola rolando em 14 de novembro, com a final marcada para 5 de dezembro.
Um time com tantas mudanças no seu escudo não pode ser sério. Não tem identidade, a cada diretoria que assume muda o escudo. Mantenha esse último definitivamente ou volte ao da sua fundação.