*O texto se trata de um artigo de opinião e, portanto, é de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
Por Pedro Breganholi*
“Salve o Brasiliense”. Frase retirada do hino do clube nove vezes campeão candango e que se encaixa perfeitamente no contexto atual vivido pelo clube. Eu sei que, no hino, a palavra “Salve” tem o significado de saudação, mas ao pegarmos o dicionário e trazer o “Salve” para o outro significado, o encaixe é perfeito. O torcedor do Brasiliense clama e grita por ajuda. Um time que nasceu grande e que está, ano após ano, diminuindo seu tamanho.
Para mim, falar de Brasiliense é fácil. Vi o clube nascer e o acompanho diariamente desde 2009. Vivi, aqui no DF, as mágicas campanha de 2002 e 2004 e vi a alegria no rosto do candangos em ter, novamente, um time que representasse tão bem o nosso quadradinho. E que alegria! Além da campanha épica na Copa do Brasil, que muitos diziam ser “sorte”, os títulos da Série C e Série B foram feito inacreditáveis para um clube que, naquela época, só tinha quatro anos de vida. No mesmo ano em que venceu a segunda divisão nacional, o Jacaré conquistou seu primeiro título estadual. Depois dele, vieram mais nove, seis seguidos e oito em dez anos. Ao mesmo tempo em que empilhava títulos locais, o Brasiliense se consolidava no Brasileirão, sempre disputando Série B ou C.
Do rebaixamento na Série B em 2010 para cá se passaram dez anos e o Brasiliense só conquistou três títulos, todos do Candangão. O time de Luiz Estevão ficou dois anos sem jogar nenhuma competição nacional pela primeira vez em sua história, entre 2015 e 2016. Em 2018, 19 e 20 foram três finais de estadual e três vice-campeonatos. Um para o Sobradinho e dois para o maior rival. O último, em 2020, neste última final de semana, mesmo após usar a velha tática de contratar jogadores do Gama para enfraquecer o adversário. A torcida está cansada. A cada nova humilhação, vários perdem a fé no clube e abandonam o barco. Entra ano, sai ano, novas promessas são feitas, mas nada acontece. Diante de toda essa situação, será que existe uma possibilidade de alguém salvar o Brasiliense?
Existir, existe. Afinal, o time tem estrutura e boas condições financeiras para dar a volta por cima. A questão é: Quem vai arrumar essa bagunça? Será algum técnico ou jogador? Não, não será. Só quem pode fazer isso são as pessoas que comandam o clube. E eu nem acho que eles precisem ser escorraçados, demitidos ou nada do tipo. O que o Brasiliense precisa é de uma nova gestão. Pessoas que pensem o futebol de uma maneira moderna e que enxerguem o jogo como ele merece ser enxergado em pleno ano de 2020.
Trocar de técnico duas ou três vezes por temporada não funciona como talvez funcionasse 15 anos atrás. Montar um elenco repleto de jogadores que um dia brilharam na primeira divisão e hoje estão perambulando por vários clubes menores também não funciona. Contratar quase cinquenta jogadores todo ano nunca funcionou e não vai ser agora que vai funcionar. É preciso uma mudança forte de mentalidade, uma verdadeira atualização. O famoso projeto, palavra que virou piada na boca de Vanderlei Luxemburgo mas que é muito verdadeira. No futebol, sem projeto, você não chega a lugar nenhum.
A formula do sucesso? Eu tenho. Me contratem que eu conto! Brincadeiras à parte (ou não), o futebol de Brasília precisa de times fortes. Gama, Real e Capital estão se organizando e conseguindo consistência. A torcida agora é de que o Brasiliense consiga mudar e se reinventar para que o futebol candango siga crescendo.
*Pedro Breganholi, administrador e jornalista por paixão. Criador do blog Torcedor Brasiliense. Acompanha o futebol candango há 10 anos e sonha, um dia, ver algum candango voltando para a primeira divisão.
Infelizmente, o Brasiliense se perdeu, parou no tempo e não vejo movimentação real de novidade na gestão. O clube parece não querer crescer e não querer agregar os torcedores. Ando sem esperanças com esse clube.
O clube tem dinheiro, tem estrutura, mas não tem profissionalismo. São jogadores velhos, sem vontade e ânimo (Fernando Henrique, Douglas, Zé Love, Marco Aurélio, entre outros), que só querem ganhar o dinheiro. Perderam, merecidamente, para o Gama, que não tem a estrutura do Brasiliense (apesar do ótimo CT), está em crise financeira, mas tem torcida, vontade, garra e a direção não se intromete no trabalho em campo. No gama, a despeito das dificuldades, há profissionalismo, sobretudo, porque o clube não tem “dono”. Nesse caminho, o Brasiliense não irá longe na série d e o ano que vem será novamente vice (isso se não for superado por clubes organizados como Real e Capital ou mesmo por clubes sem dinheiro, mas com torcida, como o Formosa). É lamentável…
É isso mesmo Daniel. Acrescento ainda, que, me parece que o Brasiliense foi criado para obter dividendos políticos para o seu dono, que nunca deixou de ser político. Um time milionário como o Brasiliense sequer tem categoria de base, como tem o Gama, que com sacrifício, sempre manteve seus jovens atletas em atividade, do mirim ao junior. Brasiliense só mira resultados imediatos, sem querer ter trabalho e gasto na formação de jovens atletas!!! isso é coisa séria e que deveria ser questionado pela torcida do jacaré.
Eu não tenho o q.falar do Brasiliense.tem estrutura e tem. Grana, so não tem uma pessoa q conheça de futebol e administração de clube !
Falta profissionalismo total neste clube. E pessoas certas nos lugares certos……
Parabéns , pela matéria , a presidente do clube até que está se esforçando , mas vejo um pouco de falta de empenho de seus atletas , falta de entrega , falta de até mesmo amor , pelo que faz , e também um treinador de visão , que enxergue longe com a base e outros profissionais… é uma pena ver isso… já não bastasse a CBF e o Corinthians nos ter roubado na maior cara de pau um dos que seria o título mais importante para o clube e para Brasília…( Copa do Brasil )…e assim o futebol vai caindo.