Por João Marcelo
Pelo segundo ano consecutivo, Brasiliense e Gama disputarão o título do Campeonato Candango. Nos últimos cinco anos, o Jacaré participa de finais desde 2017, perdendo duas – em 2019 para o Gama e 2018 para o Sobradinho – e vencendo uma, em 2017 frente ao Ceilândia. Já o Periquito fará sua segunda decisão, mais uma vez contra seu maior rival, lutando pela manutenção da taça. Além das equipes, há jogadores que também participaram de finais seguidas. Mas quem foram esses atletas?
O Distrito do Esporte explorou todas as súmulas das últimas quatro finais (2016, 2017, 2018 e 2019) e detalhou quem foram os jogadores que mais participaram das decisões. Para a contagem, o DDE utilizou quem estava na relação final para as partidas, seja como titular ou reserva. Ao todo, quatro atletas estavam nas últimas quatro edições, enquanto dez nomes encontravam-se em três edições. Dos recordistas, os quatro estão com clubes, mas apenas um não poderá estar em campo por problemas médicos.
Completarão a quina?
Dos quatro que disputaram todas as finais citadas, apenas o volante Aldo venceu por duas vezes. O primeiro título veio com o Luziânia em 2016, quando enfrentou o Ceilândia. Em sua segunda final, em 2017, Aldo estava com a camisa do Brasiliense e venceu mais uma vez, também contra o Ceilândia. No ano seguinte, em 2018, no Brasiliense, entrou no decorrer da partida, mas não conseguiu evitar a perda do título contra o Sobradinho. E na última edição, participou também só da segunda partida e viu o Gama levantar a taça.
Com um título nas três edições, o volante/zagueiro Wallace e o lateral Gabriel têm carreiras parecidas. Iniciaram a saga de finais em 2016 com a camisa do Ceilândia e perderam o título para o Luziânia. Em 2017, os dois transferiram-se para Brasiliense e levantaram o troféu frente ao Ceilândia. Nos dois últimos anos, em 2018 e 2019, ainda com a camisa do Brasiliense, não conquistaram o caneco, enfrentando Sobradinho e Gama, respectivamente.
Fechando o quarteto, o atacante Romarinho não conseguiu vencer nos últimos quatro anos a competição. Em 2016, com a camisa do Ceilândia, iniciou as duas partidas no banco e entrou no decorrer do jogo, mas não evitou a derrota de sua equipe. No ano seguinte, ainda no Ceilândia, começou as duas como titular, mas o título novamente não veio. As duas últimas finais estava com a camisa do Brasiliense. Em 2018, ficou no banco e no ano passado, jogou as duas partidas.
Dos quatro jogadores, apenas Gabriel não completará a quinta final consecutiva. O lateral, hoje no Gama, se recupera de uma artroscopia no joelho e está fora das duas decisões. O volante Aldo e o atacante Romarinho disputarão a final com a camisa do Jacaré e do outro lado, Wallace – com duas finais no Brasiliense – estará com a camisa alviverde do Gama.
Atletas relatam suas experiências com finais
Maior vencedor dos citados, Aldo se sente feliz com as conquistas. “Me sinto abençoado e iluminado por Deus. É muito difícil chegar em uma final e eu tenho privilégio de jogar a minha quinta final seguida. Sou muito grato a Deus por tudo que tem me proporcionado até aqui. Sei que posso escrever uma nova história no clube. Por isso, temos que entrar concentrado, ligados e equilibrados. E se não sentir frio na barriga, tem algo errado”, finaliza o volante.
Outro atleta do Brasiliense, Romarinho exalta também outras conquistas do seu clube. “Muito feliz por sempre estar chegando nas finais e garantindo calendário para competições importantes como Copa do Brasil, Série D e a Copa Verde”, pontua. Sobre a última final, o atacante é categórico. “Não fica um gosto de vingança, mas a gente sempre quer sair vencedor, principalmente em um clássico desse tamanho”, exclama o atacante.
Representante gamense, Wallace disputará a final contra seu ex-clube, o Brasiliense. “Joguei por três anos no clube e sei como funciona, tenho muita admiração por todos os funcionários e mantive muitos amigos na equipe”, explica. Porém, o atleta esclarece que isso fica fora do gramado quando a partida iniciar. “Agora estou no Gama e quero vencer. É sempre bom disputar uma final e estou indo para a minha quinta. Agradeço a Deus pela oportunidade e que seja com título”, discorre.
Único a não poder entrar em campo, Gabriel não deixará de estar presente na torcida. “Estarei torcendo do lado de fora pois fiz uma artroscopia. Mas é sempre importante estar chegando na final, para a carreira minha em particular, mas também para o clube que conquista um calendário que é extremamente importante”, manifesta. O lateral ainda citou uma grande ausência na partida. “É melhor quando tem torcida, ainda mais sendo a do Gama”, menciona.
Trinca de finais no currículo
Dez atletas estiveram presentes em três das últimas quatro finais e seis deles podem jogar pela quarta vez. No lado amarelo, Peninha e Preto Costa vão para sua quarta decisão consecutiva com a camisa do Brasiliense, enquanto Edmar Sucuri jogou em 2016 pelo Luziânia e as duas últimas no Jacaré. O zagueiro Badhuga vai para sua segunda final com o time de Márcio Fernandes, mas também jogou em 2016 e 2017, ambas pelo Ceilândia. Peninha e Preto Costa venceram o torneio em 2017 e Sucuri, em 2016 com a Igrejinha.
Na equipe gamense, dois atletas que já vestiram a camisa adversária, os artilheiros Michel Platini e Nunes. O primeiro vai para a quarta final com seu quarto clube diferente. Em 2017, disputou com a camisa do Ceilândia. No ano seguinte, campeão e artilheiro com o Sobradinho. No ano passado, viu o Gama levantar a taça quando estava no Brasiliense e neste ano, trocou de lado. Já seu companheiro de ataque participou por dois anos (2017 e 2018) com a camisa amarela e no ano passado, título com o alviverde candango.
Para fechar a lista de três participações, Filipe Cirne (Ceilândia em 2016 e 2017 e Brasiliense em 2018), Luquinhas (Brasiliense em 2017, 2018 e 2019), Mário Henrique (Ceilândia em 2016, Brasiliense em 2017 e Gama em 2019) e o atacante, hoje aposentado, Reinaldo (Brasiliense em 2017, 2018 e 2019). Todos esses atletas não estão nas equipes que disputarão a final deste ano, portanto, não jogarão a quarta final.