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quinta-feira, 28 de março de 2024

Eleição no Gama deve ter chapa única e recondução de atual diretoria

Weber Magalhães articulou para encabeçar única chapa à Diretoria Executiva do clube

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Por Bruno H. de Moura

Os 60 sócio do Gama podem ter apenas uma opção de voto para a eleição da sua próxima diretoria, que se avizinha. Atual presidente da Sociedade Esportiva do Gama, Weber Magalhães articula fortemente nos bastidores para que não haja outra chapa no pleito, que ocorrerá neste mês de novembro.

Segundo portaria assinada em 21 de outubro de 2020 pelo presidente da comissão eleitoral, as inscrições de chapa se estenderão de 26/10/2020 a 09/11/2020, a campanha do dia 19/11/2020 até 22/11/2020, dia de eleição. Até o fechamento da matéria, conforme a comissão eleitoral, nenhuma chapa se inscreveu. Cada chapa é composta por 23 membros.

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Aclamado em 2016, Weber Magalhães traçou seu retorno ao futebol de Brasília via periquito. À época, Magalhães era diretor da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor no Ministério do Esporte do Governo Michel Temer. Ele abriu mão do cargo para presidir o Gama. Nos bastidores, se diz que o plano de Weber é suceder Daniel Vasconcelos no comando da Federação de Futebol do Distrito Federal.

Agora, passados 4 anos, com 2 títulos candangos seguidos, uma boa campanha dentro das quatro linhas na Série D, mas um turbilhão de problemas financeiros fora de campo, Weber deve tentar, outra vez, o comando do time de maior torcida da cidade.

Possível opositor vira CEO com status de VP do time

No último mês restavam dúvidas se Weber tentaria mais um mandato, mas os movimentos recentes demonstram que não há interesse do conhecido político do esporte em perder o comando da agremiação.

O único nome que despontava com relevante força para bater de frente com a chapa atual era o presidente da GoalManage – que investiu e emprestou dinheiro ao Gama – Luiz Henrique Nuñes de Oliveira. Falava-se que Luiz Henrique teria interesse em comandar o clube e poderia convidar, para compor chapa, o advogado do Gama, Wendel da Costa Lopes.

Porém, Weber Magalhães articulou a constituição do empresário como Diretor Executivo /CEO do time, cargo igualado ao de Vice-Presidente. A portaria com esse ato foi publicada em 29 de outubro de 2020. Foi a primeira portaria diretamente da presidência do clube no ano. Outro nomeado foi Carlos Eduardo Ferrér Machado, conhecido como Cadu, novo Diretor de Marketing da equipe.

Arrebatando o mais forte proponente ao cargo para seu lado, Weber Magalhães abre caminhos e terá, caso não aconteça uma hecatombe, caminho livre para mais quatro anos à frente da Sociedade Esportiva do Gama.

Reunião e regimento exclusivos para criar o Cargo de CEO

A nomeação de Luiz Henrique como CEO sucedeu à publicação do Regimento Interno da Diretoria Executiva da Sociedade Esportiva do Gama. Houve uma reunião do Conselho Deliberativo do time exclusivamente para este fim.

O art. 2º do novíssimo documento aduz que “O CEO (Chief Executive Officer) será o Diretor Executivo da Sociedade Esportiva do Gama, com status de Vice-Presidente, e posição hierárquica superior às demais diretorias previstas no art. 115 do Estatuto.” O mesmo regimento prevê que o presidente nomeará e o presidente destituirá o CEO, desde que autorizado pela Diretoria Executiva.

A Diretoria Executiva passará a contar com quatro membros. O CEO somar-se-á ao Presidente, 1º Vice-Presidente e 2º Vice-Presidente. O CEO será o 4º na linha sucessória. No regimento não há descrição expressa de quais as funções do cargo, apenas institui o procedimento das reuniões da Diretoria Executiva.

Weber Magalhães, Arilson Machado (Vice-Presidente financeiro), Miguel Peres (Presidente do Conselho Deliberativo), Wendel da Costa (Relator da proposta) e Luiz Henrique (Revisor), participaram da comissão de elaboração do documento.

De um lado títulos, de outro dívidas

A situação do Gama é uma faca de dois gumes. Com graves problemas financeiros e sem sinais de solução para o pagamento de seus atletas, a diretoria do alviverde vem recebendo forte pressão da torcida e do elenco. Weber Magalhães e seu braço direito, Arilson Machado Pessoa, não apresentaram termo efetivo para a questão até o momento.

Pegou muito mal a viagem de 26 (vinte e seis) dias feita pelo presidente e pelo diretor financeiro para a Espanha. Passando quase um mês em território europeu, com o 1,00 Euro chegando a custar 6,50 reais, os diretores voltaram com promessa de um negócio que, até o momento, não está claro se é investimento de um fundo internacional ou empréstimo ao time. Ambas as possibilidades já foram aventadas pela diretoria do alviverde.

A reportagem do Distrito do Esporte, em apuração anterior, questionou o presidente Weber Magalhães como sua viagem teria sido custeado para a Espanha. O presidente não apresentou explicações.

Do outro lado, o time começou um processo de reestruturação de seu futebol e levar o torcedor do Gama a ter orgulho da camisa alviverde. Em 2 anos o time teve apenas 2 derrotas, uma para o Brasiliense na final de ida do Candangão 2020, e outra para o Tupynambás após greve dos jogadores na semana passada.

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3 COMENTÁRIOS

  1. É simples, vão acabar vendendo o CT (único patrimônio existente). Como torcedor, questiono (não essa direção, mas outras passadas), onde foi parar o dinheiro dos anos de série A? De participações na Copa do Brasil? É impressionante um clube com uma torcida tão grande, um estádio de primeira, estar nessa situação. Vejo clubes, em Goiás, que não tem a torcida do Gama, nunca participou de série A ou mesmo B, estão numa situação dentro e fora de campo boa, como é o caso da Aparecidense. Como o Atlético/GO cresceu tanto e tem boas campanhas? É gestão, transparência, competência. O clube sequer conseguiu a documentação (certidões negativas, como também, deve na praça) para obtenção do patrocínio do BRB. Certamente, como esse patrocínio, teriam pago a folha e evitado perdas de atletas por falta de pagamento. Atletas que estão corretíssimos, porque ninguém é obrigado a trabalhar de graça. Todo mundo tem seus compromissos, tem filhos, despesas, etc. Vamos ver, Deus queira que não, mas o futuro parece sombrio. Lamentável. Enquanto isso, o Real Brasília (dirigido com competência) cresce a olhos vistos, embora não tenha torcida, mas poderá ocupar o lugar do Gama. Sem querer ser pessimista, torço para que as coisas sejam resolvidas. O belo trabalho do Vilson Tadei e a campanha ótima na série D parece que vai para o ralo.

    • O grande problema é a falta de apoio do governador do DF, tem dinheiro pra financiar o flamengo em mais de 30 milhões por ano e não dá um centavo pro futebol de Brasília, nona próxima eleição esse safado deveria ir pedir votos no Rio de Janeiro..é melhor fechar a Secretaria de Esportes, não estou falando só do Gama, mas de todo o futebol do Distrito Federal!

  2. A questão é acreditamos e nos enganamos assim como em gestores passados que assim como esses não querem largar o osso que deve ter muita carne Só pode se não largarvam de mão após verem a tal dificuldade que sempre colocam como impecilhos de mal gestão!Arilson Machado falador Webber Magalhães baita político mentiroso

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