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sexta-feira, 29 de março de 2024

Em exclusiva, Ari de Almeida questiona retorno do Campeonato Candango

Em participação especial no Voz do Quadradinho, cartola questionou métodos de segurança de clubes e federação e revelou nove contaminações no Gato Preto

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No terceiro episódio do Voz do Quadradinho, o podcast do Distrito do Esporte, o presidente do Ceilândia Esporte Clube, Ari de Almeida, mostra-se contrário às propostas de retorno do futebol candango. A participação do cartola no programa se dá pouco depois de uma reunião entre representantes do esporte no DF e Rafael Prudente (MDB), presidente da Câmara Legislativa, encontro adiantado pelo Distrito do Esporte ainda no domingo (14).

Na entrevista, Ari se disse incomodado – mas “voto vencido” – nas disputas pela liberação do futebol na capital da República, interrompido no último dia 11 em decorrência do recrudescimento da pandemia do novo coronavírus. Questionado a respeito de folhas salarial e os planos para manter um time parado, Almeida foi categórico. “Não tenho nenhum receio de dizer que rescindiria todos os contratos”, pontuou o cartola. Ele também questionou a possibilidade de realização da Supercopa do Brasil, torneio que porá frente a frente Palmeiras/SP e Flamengo/RJ, em partida marcada para 10 de abril, no Mané Garrincha.

E pela primeira vez um dirigente candango confirmou testes positivos para covid-19 num clube da capital. “Eu fui jogar em Unaí no sábado e na segunda o Ceilândia testou nove profissionais com coronavírus”, revelou, em primeira mão, o mandatário, que negou ter ciência do local de contaminação. “Também não estou dizendo que foi contraído lá em Unaí. Só disse que após o jogo do Unaí eu testei nove profissionais com coronavírus”, explicou.

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Ainda de acordo com Almeida, não há possibilidade de isolar os jogadores em terras candangas. “Não adianta nós acharmos que nós somos time de primeira divisão, de ponta do Brasil, que conseguem botar numa bolha e cuidar dos seus atletas. Os nossos atletas, na sua maioria, vai para o CT treinar, depois vai pra casa no Paranoá, Taguatinga, São Sebastião, Samambaia e está tendo contato com gente, está no risco”, queixou-se Ari.

Questionado sobre o discurso adotado por dirigentes do Distrito Federal, que afirmaram diversas vezes ser o futebol um dos setores mais bem protegidos da pandemia – e alegavam a ausência de casos como prova -, Almeida foi contundente. “Me perdoe, eu não acredito nessa afirmação”, disparou. “Uma coisa é você não assumir, botar um pano; outa coisa é dizer que teve caso. Teve caso, sim”, insistiu o presidente.

Ele foi além ao botar em xeque a segurança dos métodos de proteção adotados por clubes e federação. “Os protocolos tinham que ser mais rígidos”, afirmou, convicto. “O futebol é seguro? O futebol é seguro para os times da primeira divisão, e olha lá. Nós vimos os relatos do ano passado. Isso é seguro para quem está em bolha”, vaticinou.

O programa

Esse e outros temas foram debatidos nos 30 minutos de entrevistas, disponíveis nas principais plataformas de podcast. Apresentado pelo jornalista Olavo David, o programa semanal recebe tanto colaboradores do DDE quanto personalidades e profissionais de outras unidades federativas, todos relacionados ao esporte nacional e distrital.

Com proposta leve, o Voz do Quadradinho surge para suprir uma lacuna de produção sonora na nova fase que vive o Distrito do Esporte, com entrada em outras plataformas de comunicação. Novos episódios serão lançados a cada quarta-feira, sempre com temas de relevante interesse ao esporte candango, com maior enfoque ao futebol.

O projeto é uma parceria entre o portal e a produtora Colóquio, especializada em materiais de áudio. Cabe lembrar ao leitor/ouvinte que comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, e serão lidos na gravação do próximo episódio.

 

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