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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Sobrinho de Lúcio, meia Jefferson busca clube para seguir carreira no futebol

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Por Danilo Queiroz

A família Silva pode dizer, literalmente, que enfrentou os dois lados da moeda de uma carreira como jogador profissional de futebol. De um lado, Lucimar da Silva Ferreira, mais conhecido como Lúcio, alçou o caminho da fama, alcançando o ápice em 2002, quando foi titular na campanha do pentacampeonato mundial da seleçao brasileira. Do outro, Jefferson Rodrigo Tavares da Silva, meia-atacante e sobrinho do famoso zagueiro, que acumula passagens por Gama, Legião e Planaltina e agora busca uma nova chance para vingar no esporte. O contraponto do esporte mais famoso do mundo estão na trajetória dos dois atletas.

Quando Lúcio chegou ao topo da carreira durante a disputa da Copa do Mundo disputada na Coreia do Sul e no Japão, Jefferson tinha apenas 10 anos e acompanhava o sucesso do ilustre tio pela televisão. Porém, já nesta idade, o sonho de se profissionalizar no futebol e seguir os mesmos passos do zagueiro faziam com que os olhos do futuro meia-atacante brilhassem. “Sempre tive um exemplo, uma inspiração na própria família, pois o Lúcio é irmão do meu pai. Toda criança já sonhou em ser jogador de futebol e comigo não foi diferente, ainda mais vendo meu próprio tio com a camisa da seleção nacional. Seria impossível não ter esse desejo”, ressaltou.

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O sonho começou a se tornar realidade dois anos depois. Com 12 anos, o sobrinho do pentacampeão ingressou no Zé Vasco, uma escolinha de futebol de Planaltina. Foi lá, inclusive, que o zagueiro Lúcio também deu os primeiros passos no esporte antes de disputar um jogo de Copa do Brasil pelo Guará e chamar a atenção do Internacional para depois subir os degraus do sucesso. Jefferson seguiu um caminho diferente: jogou todo período de categorias de base no Gama. O primeiro clube profissional do meia foi o Planaltina. Em 2011, veio a oportunidade de se transferir para o Legião. Foi no clube laranja que o jogador passou mais tempo e teve o que classifica como a melhor fase na carreira.

No Legião, o melhor momento da carreira. No Gama, a chance de dividir vestiário com o zagueiro e tio Lúcio
Foto: Arquivo Pessoal/Jefferson Rodrigo

“Fiquei de 2011 até 2015 lá. Em 2012, durante um torneio no México, jogamos contra o sub-20 do Pachuca. Fiz um gol e ganhamos por 2 a 0. Eles se interessaram por mim, mas por não ter um empresário nem representante as negociações não deram certo”, contou o jogador. A falta de um profissional à frente das conversas com os clubes, inclusive, é vista por Jefferson como uma das principais barreiras enfrentadas para encontrar um novo clube para defender. “As coisas ficam mais difíceis assim”, lamentou.

Com o fim da passagem pelo Leão Branco, o meio-campo vestiu outras camisas do futebol do Distrito Federal. Primeiro, voltou ao Planaltina. Já no início desta temporada, Jefferson passou pelo Gama, onde disputou o Campeonato Candango. Antes de chegar ao Ninho do Periquito, o jogador quase sucumbiu as dificuldades enfrentadas pela maioria dos atletas que se aventuram a tentar ganhar a vida como esportista profissional. “Não foi o Lúcio que me levou para o Gama. Cheguei com a ajuda do Vilson e do Emanoel Teixeira, diretor e presidente do Legião, que me conhecem e sabem da minha capacidade. Eu estava para abandonar futebol”, revelou.

Passagem no Gama ao lado do tio famoso

Jefferson com a medalha de 2002: ainda garoto, ele viu os jogos da campanha do penta pela TV
 Foto: Arquivo Pessoal/Jefferson Rodrigo

No Gama, Jefferson viveu a experiência de dividir vestiário com Lúcio, que havia voltado para o futebol local após se consagrar em times como Bayern de Munique, Inter de Milão, Juventus e São Paulo. “Por coincidência jogamos juntos lá. Sempre admirei, respeitei e tive orgulho da carreira e história de vida do meu tio”, afirmou. Antes de jogar com o famoso tio, ele apenas acompanhava o zagueiro pela televisão. “Em 2002, acompanhei a Copa do Mundo junto com a família. Nós ficávamos acordados de madrugada para assistir aos jogos. Ele estar jogando a Copa era motivo de alegria e muito orgulho para todos nós”, relembrou.

O parentesco com o famoso zagueiro pentacampeão mundial provoca questionamentos desconfortáveis a Jefferson, que se acostumou a ouvir perguntas como “porque seu tio nunca te ajudou sendo um jogador conhecido mundialmente”. Porém, o meio-campo tenta enxergar com outros olhos o relacionamento com o tio, a quem tem como ídolo. “Têm coisas que não entendemos o porque, mas a vida é assim mesmo. Sei que ele não é empresário e reconheço que ele não tem obrigação de me ajudar. Respeito muito a história dele e quero deixar isso bem claro. Sabemos que não só no futebol como na vida ninguém consegue nada sozinho” destacou.

Com a proximidade da Segunda Divisão do Campeonato Candango de 2018, Jefferson aguarda contatos para retomar a carreira no futebol ainda na atual temporada. Aos 26 anos, o meio-campo mantém vivo o sonho de triunfar no esporte, assim como Lúcio. “Atualmente estou sem clube. Sem empresário as coisas ficam difíceis, mas não vou deixar de lutar até o fim pelos meus sonhos e objetivos de vida. Não vou desistir”.

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