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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Entrevista Jobson: desejo de empréstimo para findar a ansiedade e foco visando volta ao futebol

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Por Danilo Queiroz e João Marcelo

No olhar de Jobson, a alegria por finalmente estar liberado para jogar futebol e a esperança para mostrar que ainda pode ser tudo aquilo que se espera dele desde que surgiu no cenário nacional em 2007 com a camisa do Brasiliense. Em liberdade condicional após enfrentar problemas com a Justiça, o jogador de 30 anos dá os primeiros passos para retomar a carreira profissional após cumprir suspensão de três anos imposta pela Federação Saudita de Futebol e acatada pela Fifa, que estendeu a pena a nível mundial e o afastou dos gramados.

A libertação das duas maiores dores de cabeça recentes chegaram com diferença de poucos dias. Em 1º de abril, o gancho causado após o atacante se recusar a realizar um exame antidoping na Arábia Saudita chegou ao fim. Vinte e sete dias depois, após uma decisão do juiz Ricardo Gagliardi, da comarca de Colméia, no Pará, o jogador deixou a prisão. Livre das duas situações que o impediam de entrar em campo, Jobson acertou com o Brasiliense para tentar o recomeço no clube que o revelou. “Aqui foi onde tudo começou. Sou paraense, mas tenho Brasília como minha segunda casa”, enfatizou.

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Jobson participou de amistoso organizado pelo atacante Batata e conversou com a reportagem do Distrito do Esporte
Foto: Ana Flávia Dalla/Distrito do Esporte

O atacante foi apresentado pelo Jacaré em 10 de julho e assinou um contrato de três temporadas. Ao receber a camisa sete das mãos da diretora de futebol Luiza Estevão, Jobson prometeu mudanças em busca de uma volta por cima. “Oportunidade de recomeçar a carreira. Eu saí daqui campeão e peço o apoio da torcida, pois vou ajudar muito o Brasiliense”, afirmou. A promessa vem sendo cumprida com dedicação. Diariamente, o atacante realiza uma carga de treinamentos que inclui atividades físicas em dois períodos no CT do clube amarelo. Constantemente, o jogador posta fotos e vídeos dos exercícios em suas redes sociais.

Na tarde do último sábado (14/07), o atacante deu uma trégua na intensa rotina de treinos para participar do amistoso beneficente realizado pelo atacante Wilkerson Batata no Clube da Assefe, no Setor de Clubes Sul. Foi lá que Jobson conversou por alguns minutos com a reportagem do Distrito do Esporte e falou, com exclusividade, sobre as expectativas para a volta ao futebol. “Estou treinando forte e fui liberado pelo clube para fazer essa solidariedade para o garoto Guilherme”, explicou.

A partida festiva foi levada a sério por Jobson. “Joguei como se fosse treino”
Foto: João Marcelo/Distrito do Esporte

Mostrando foco, Jobson destacou que considerou a partida como parte da preparação para o retorno. “Eu joguei como se fosse treino. Querendo ou não, eu estava indo para cima para voltar bem. Senti a perna um pouco pesada, mas estou me preparando. Seja ano que vem no Brasiliense ou em algum outro clube que eu for”, garantiu, ressaltando a esperança de entrar novamente nos gramados ainda na atual temporada. A Segunda Divisão do Campeonato Candango, que começa em agosto, e de outros estaduais é colocada pelo jogador como foco para o futuro. “Tenho essa expectativa de ser emprestado. As inscrições para as outras competições só acabam em 15 de agosto. Temos algumas conversas sobre isso”, adiantou.

Em meio às expectativas, o jogador enfrentou a ansiedade. Dificuldades causadas por sua prisão fizeram com que a espera para voltar a atuar se estendesse um pouco mais do que o esperado. Acertado com o Brasiliense desde maio, ele conseguiu liberação para vir a Brasília apenas neste mês, mais de 70 dias após sua soltura no Pará. “Foi uma ansiedade muito grande. Eu estava louco para trabalhar e estava vendo meus ex-companheiros de clubes onde joguei atuando e eu parado. Isso para mim foi muito duro, mas eu superei com meus familiares e com mudanças na vida”, garantiu.

As mudanças de postura ressaltadas pelo jogador já estão sendo colocadas em prática. Com a carreira marcada por algumas indisciplinas, Jobson vem se dedicando apenas aos treinos no Brasiliense e destacou que voltou com a cabeça mais madura e com vontade de se concentrar apenas no esporte. “Tomei uma posição de ficar firme e forte. Acabou o jogo do Wilkerson e eu vou para casa descansar, coisa que antigamente eu não fazia. Pode ter certeza que nos meus 30 anos vai ser uma das grandes provações da minha vida”, prometeu.

Caso não consiga um clube para jogar ainda nesta temporada, o retorno de Jobson será adiado por mais alguns meses. Em fevereiro de 2019, o Brasiliense disputará o Campeonato Candango, primeira competição da temporada que ainda terá a Copa Verde, Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro. O tempo, porém, não é mais um problema para o atacante. “Tenho muito tempo ainda para jogar. Agora é se cuidar, pois um atleta precisa disso. Vou me cuidar bastante para jogar até os 40”, encerrou demonstrando bastante esperança na retomada de sua carreira como profissional da bola.

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