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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Com quinto campeão diferente, DF tem a década mais disputada da história

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Por Danilo Queiroz

O titulo conquistado pelo Sobradinho não entrou na história somente por tirar o time da incomoda fila de 32 anos sem a hegemonia da capital federal. A conquista marcou também um dado histórico para o futebol do Distrito Federal. Desde a profissionalização do torneio local – que ocorreu em 1976 -, está e a primeira década onde cinco clubes diferentes chegam à taça.

A década de 70, mesmo não sendo completamente profissional, teve domínio do Brasília. O colorado levou três das quatro taças (1976, 1977 e 1978). O Gama levou a outra (1979). Já nos anos 80, quatro equipes diferentes chegaram ao topo, com destaque, mais uma vez, para o Brasília, que conquistou cinco títulos – 80, 82, 83, 84 e 87). Taguatinga e Sobradinho, duas vezes cada – 81 e 89 e 85 e 86, respectivamente -, e o Tiradentes, em 1988, também chegaram ao ápice local.

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Nos anos 90, domínio alviverde. Foi a partir desta década que o Gama se transformou no papa-título do futebol candango. Foram seis taças indo para a sala de troféus do Ninho do Periquito – 90, 94, 95, 97, 98 e 99. O Taguatinga teve um bom início de década e garantiu um tricampeonato local entre 1991 e 1993. O Guará deu uma de intruso e ganhou uma taça no meio do domínio gamense: o título de 1996 ficou com o Lobo-Guará.

Na década de 2000, o Distrito Federal foi apresentado ao time que seria a nova sensação local, o Brasiliense. Foram nada menos do que seis títulos locais enfileirados do time amarelo – entre 2004 e 2009. O Gama ficou com outros três canecos (2000, 2001 e 2003) e o CFZ conquistou seu único título candango da história, em 2002.

Na atual conjuntura, o equilíbrio prevalece como nunca na história do futebol local. Cinco times diferentes já chegaram ao topo, o que marca um recorde no Campeonato Candango. E mais: também pela primeira vez na história, nenhum time conseguiu alcançar duas ou mais conquistas de forma consecutiva, ou seja, de 2010 para cá, o DF sempre teve campeões diferentes no torneio local. Em 2019, o Sobradinho é o clube que terá a oportunidade de manter o tabu e conquistar seu segundo bicampeonato local.

A década começou com a primeira taça do Ceilândia, que também levou o Candangão para sua sala de troféus em 2012. O Brasiliense levou três canecos, em 2011, 2013 e 2017. Já o Gama saiu de uma fila de 12 anos de espera quando levantou o torneio local de 2015. Com o Luziânia, outro recorde: em 2014, o clube foi o primeiro a levar o titulo do Distrito Federal para uma cidade do Entorno – o time repetiu o feito em 2016. Agora, em 2018, a taça foi para o Sobradinho.

Torneios mais imprevisíveis do país

Em âmbito nacional, o Campeonato Candango também se apresenta como um dos torneios estaduais mais imprevisíveis do Brasil, já que a maioria dos estados brasileiros contam com campeonatos onde os clubes grandes se revezam no topo. Este é o caso do Campeonatos Cearense e Goiani, que tiveram apenas dois campeões diferentes na década. Também há vários que tiveram apenas três times no topo em nove anos – Mineiro, Amapaense, Acreano, Paraibano, Pernambucano e Tocatinense sao exemplos.

Entretanto, há aqueles onde os times acabam se revezando com mais frequência. No estadual capixaba, por exemplo, sete times diferentes conquistaram o torneio local em nove temporadas. O campeonato de Rondônia e o do Mato Grosso do Sul também se destacam neste quesito, com seis equipes como campeões na década. Além do Candangão, o Alagoano, o Amazonense e o Piauiense também tiverem cinco clubes diferentes no lugar mais alto do pódio.

Relembre todos os campeões estaduais do Brasil na década:

Acre – Três campeões (Rio Branco, seis vezes, Atlético Acreano, duas vezes, Plácido de Castro, uma vez)
Alagoas – Cinco campeões (CRB, cinco vezes, Coruripe, CSA, Asa e Murici, uma vez cada)
Amapa – Três campeões (Santos, cinco vezes, Trêm, duas vezes, Oratório, uma vez)
Amazonas – Cinco campeões (Nacional, três vezes, Penharol e Manaus, duas vezes cada, Princesa e Fast Clube, uma vez cada)
Bahia – Três campeões (Vitória e Bahia, quatro vezes e Bahia de Feira, uma vez)
Ceará – Dois campeões (Ceará, seis vezes, Fortaleza, três vezes)
Distrito Federal – Cinco campeões (Brasiliense, três vezes, Ceilândia e Luziânia, duas vezes cada, Gama e Sobradinho, uma vez cada)
Espírito Santo – Sete campeões (Rio Branco e Desportiva Ferroviária, duas vezes cada, São Mateus, Aracruz, Estrela do Norte, Atlético Itapemirim e Serra, uma vez cada)
Goiás – Dois campeões (Goiás. seis vezes, Atlético, três vezes)
Maranhão – Quatro campeões (Sampaio Corrêa, cinco vezes, Moto Club, duas vezes, Maranhão e Imperatriz, uma vez cada)
Mato Grosso – Três campeões (Cuiabá, seis vezes, Luverdense, duas vezes, e União Rondonópolis, uma vez)
Mato Grosso do Sul – Seis campeões (Cene, três vezes, Comercial, duas vezes, Águia Negra, Corumbaense, Operário e Sete de Setembro, uma vez cada)
Minas Gerais – Três campeões (Atlético, cinco vezes, Cruzeiro, três vezes, América, uma vez)
Pará – Quatro campeões (Paysandu, quatro vezes, Remo, três vezes, Independente e Cametá, uma vez cada)
Paraíba – Três campeões (Botafogo, quatro vezes, Campinense, três vezes, e Treze, duas vezes)
Paraná – Quatro campeões (Coritiba, cinco vezes, Atlético, duas vezes, Londrina e Operário Ferroviário, uma vez cada)
Pernambuco – Três campeões (Santa Cruz, cinco vezes, Sport, três vezes e Náutico, uma vez)
Piauí – Cinco campeões (River, três vezes, Parnahyba, duas vezes, Comercial, 4 de Julho e Altos, uma vez cada)
Rio de Janeiro – Quatro campeões – (Flamengo e Botafogo, três vezes cada, Vasco, duas vezes, e Fluminense, uma vez)
Rio Grande do Norte – Três campeões (ABC, cinco vezes, América, três vezes, Potiguar, uma vez)
Rio Grande do Sul – Três campeões (Internacional, seis vezes, Grêmio, duas vezes, e Novo Hamburgo, uma vez)
Rondônia – Seis campeões (Vilhena, três vezes, Espigão, Ji-Paraná, Genus, Rondoniense e Real Desportivo, uma vez cada)
Roraima – Quatro campeões (São Raimundo, quatro vezes, Náutico, duas vezes, Real e Baré, uma vez cada)
São Paulo – Três campeões (Santos, cinco vezes, Corinthians, três vezes, e Ituano, uma vez)
Santa Catarina – Quatro campeões (Chapecoense e Figueirense, três vezes cada, Avaí, duas vezes, Criciúma, uma vez)
Sergipe – Quatro campeões (Confiança, três vezes, River Plate e Sergipe, duas vezes cada e Itabaiana, uma vez)
Tocantins – Três campeões (Guripi, quatro vezes, Interporto, três vezes e Tocantinópolis, uma vez)

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